Alimentos que pacientes com suspeita de Dengue devem evitar
O Brasil enfrenta este ano uma das maiores batalhas contra a Dengue que se alastra em vários municípios e estados. Minas Gerais é o mais atingido pela doença. Dados da Secretaria da Saúde do Estado, divulgados dia 4, aponta 165.845 casos notificados, muito acima do registrado em todo o ano de 2012 (46.681). Também foram registrados 37 óbitos.
A ASBRAN, engajada nas campanhas de orientação ao cidadão, traz algumas informações importantes para o paciente com suspeita de Dengue no aspecto nutricional.
Segundo a Profª e Drª Nelzir Reis, alimentos que contêm salicilatos e os de ação antitrombótica devem ser evitados em caso de suspeita da doença.
Portanto, evite consumir: ABRICÓ, AMEIXA FRESCA, AMÊNDOA, AMORA, BATATA, CEREJA, GROSELHA, LIMÃO, MAÇÃ, MELÃO, MORANGO, NECTARINA, NOZES, PASSA, PEPINO, PÊSSEGO, PIMENTA, TANGERINA, TOMATE e UVA.
Os alimentos que têm ação antitrombótica são: ALHO, CEBOLA, GENGIBRE.
A nutricionista ainda detalha sobre os derivados salicílicos, que diminuem a biodisponibilidade da vitamina C, os níveis séricos de folato - ferro e potássio e as proteínas plasmáticas. Ao mesmo tempo aumentam a excreção urinária das vitaminas B1, B6 e K. Podem provocar alterações gástricas, hipotensão, alergia, distúrbio do equilíbrio ácido-básico e fenômenos hemorrágicos que poderão gerar anemia.
Já o Paracetamol interfere na absorção das vitaminas B1 - B6 - K e folacina. "Dietas hiperglicídicas e contendo alto teor de pectina retardam sua absorção. Pode provocar alterações hepáticas", explica.
Ela ainda reforça a necessidade da hidratação que, nos casos de dengue, é fundamental. "A recomendação é ingerir, em média, 60 a 80 ml de líquido por quilo de peso dia. Assim, para uma pessoa de 60kg o volume ingerido deve variar de 3,6 litros a 4,8 litros dia, nos primeiros cinco dias. A administração deve ser fracionada em pequenos volumes de forma a evitar náuseas e vômitos", afirma Nelzir.
Podem ser utilizados também sucos, água de coco, soluções isotônicas (Gatorade, Pedialyte, Sportdrink, Sport Fluide, Sport Ade), além do soro de hidratação oral. Caso não consiga ingerir volume adequado devido à presença de náuseas e vômitos, procure um Serviço de Emergência para hidratação venosa.
Sinais de alerta
Procure imediatamente um Serviço de emergência caso apresente um dos sintomas abaixo, visto que a presença de um deles pode indicar um quadro grave de Dengue. Estes sinais geralmente aparecem após a fase de melhora da febre (entre 3ª e 6º dia após o aparecimento do primeiro sintoma).
Agitação e/ou sonolência excessiva; diminuição do volume urinário; temperatura baixa (36°); dor abdominal intensa e contínua; taquicardia; tonteiras ao levantar, sensação de desmaio ou desmaio; vômitos persistentes e sangramento.
Acompanhamento
Procure seu médico para acompanhamento clínico Ambulatorial e controle laboratorial, lembrando que o exame específico para Dengue deve ser solicitado a partir do 6º dia do aparecimento dos sintomas, visto que antes disso pode ser negativo mesmo em presença da doença.
Avanço da Dengue
Depois de Minas Gerais, o Estado de Mato Grosso do Sul já está em grande alerta. A taxa de incidência da doença no Estado é de 3.133,6 notificações por grupo de 100 mil habitantes. Mais de 3% dos 2,4 milhões de habitantes do Estado notificaram suspeita de dengue nos primeiros meses de 2013.
Mas a epidemia vivida em muitas localidades não se restringe ao Brasil. A Organização Mundial de Saúde - OMS alerta que o número de pessoas infectadas com a dengue no mundo pode ser quatro vezes maior, como aponta uma nova pesquisa. A OMS estimou que o número de casos de dengue ficaria entre 50 milhões e 100 milhões a cada ano. Depois do novo estudo acredita-se que o número pode chegar em torno de 390 milhões - embora cerca de dois terços destas pessoas tenham apenas sintomas leves e não precisem de atendimento médico. O estudo foi publicado na internet na revista Nature no domingo.
Os dados não devem mudar como os pacientes são tratados, mas pode levar a uma busca mais rápida por uma vacina para a doença. O estudo foi financiado pela Wellcome Trust, pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA e outras instituições.
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